segunda-feira, 6 de junho de 2011

O ano de 1994 para o Inter 2000

1994 foi um ano importante para o INTER 2000. E para o Internacional, politicamente.


Nossa vitória, elegendo maioria entre os conselheiros que renovavam seu mandato naquele primeiro 1/3 do Conselho Deliberativo me deu ânimo para continuar e confiança de que era possível trilhar o caminho que estávamos sonhando.


Não lembro da OPOSIÇÃO vencer uma eleição para o Conselho.
Lembro de acordos que não foram cumpridos. E de tentativas de participação que acabaram frustradas.
Mas sempre o que seria feito era decidido por muito poucos, mesmo que pequenas concessões fossem feitas.


A vitória foi bem pequena. Em torno de 75 conselheiros dos 300 renovavam seus mandatos, pois os conselheiros NATOS pertenciam a este 1/3 e não estavam em questão.
Portanto queríamos apenas 38 nomes na chapa.
E conseguimos isto.


Sempre que lembro daquelas reuniões lembro da participação do Amaury Silveira, que mais tarde se tornou um grande amigo. Mas naquela época não tinha nenhuma intimidade com ele. Apenas sabia que era o Presidente da APLUB. O João Patrício Herrmann foi fundamental na aproximação com o Amaury e na conquista de sua confiança.


Tivemos algumas reuniões e almoços que foram inesquecíveis, tanto pela importância quanto pelo contraste da cerimônia que começamos a tratar com o Amaury e a proximidade que acabamos conquistando pelo jeito do João Patrício.


Aliás, não foram só as reuniões com o Amaury que foram engraçadas.


Acho que a mais inesquecível foi uma visita ao Ibsen Pinheiro, então Presidente da Câmara.Pedro Silber, João Patrício e eu.Se não estou enganado o Ibsen estava de aniversário.Queríamos explicar o que estávamos fazendo e a secretaria entrava e anunciava um telefonema.Um dos primeiros foi o Senador Mauro Benevides.Cada vez que pensávamos que estávamos engrenando o assunto a secretária entrava e anunciava novo telefonema.E nós tratando com a solenidade que o Presidente da Câmara merecia.Lá pelas tantas a secretária entra na sala pela quinta ou sexta vez e o João Patrício diz: "...pronto, deve ser o Mauro Benevides, de novo..." Foi um santo remédio. O Ibsen educadamente atendeu a ligação e pediu à secretária que anotasse as ligações, pois ele as retornaria posteriormente...


A inscrição da "chapa" era feita junto ao Presidente do Clube, naquela época. Hoje não sei como é.
Mesmo que tivéssemos negociado durante semanas tínhamos muito receio que na última hora, alguma coisa mudasse. Por isto fizemos uma chapa em paralela que tinha a totalidade de nossos integrantes e não apenas os 38 acordados, para não sermos "pegos de surpresa".


Registramos a chapa com o Presidente Zachia, este cumpriu exatamente o que havíamos combinados e podemos rasgar a chapa que tinha só os nossos nomes.


Não tenho dúvida que se tivéssemos levado adiante a nossa chapa, perderíamos a eleição. Por uma infinidade de razões. Além disto, a totalidade deste 1/3 não significaria nada em termos de maioria no Conselho Deliberativo.


Fernando Miranda

2 comentários:

  1. Miranda, sempre fui teu admirador e aproveito aqui pra te dar os parabéns pela sua administração à frente do nosso time. Uma pergunta, o que tu achas de dirigentes que investem em jogadores? Aconteceu algo assim na sua gestão? Tu acha certo um Presidente ou Vice de futebol ter dinheiro pessoal investido em alguns jogadores? Será que esse dirigente deixaria de pressionar o técnico pra escalar os "seus"? Gostaria de saber tua opinião sobre isso. Um grande abraço Presidente!

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  2. Fernando:

    Não imagino como manter a disciplina e a vergonha na cara dentro do vestiário com um Presidente ou Vice-Presidente de futebol investido em jogador.

    Não conheci ambiente mais sensível do que o vestiário e se você não puder olhar nos olhos de cada funcionário, jogador, ou integrante da comissão técnica, o ambiente se deteriora, na minha opinião.

    Se alguém investir em atletas, precisa ter CONFIANÇA jurídica em quem dirige. E a certeza de que sua condução irá sempre buscar o melhor rendimento possível do grupo.

    Não imagino algum investidor ou empresário TENTANDO falar comigo ou com nossa comissão técnica sobre escalar determinado atleta.

    Isto nunca aconteceu comigo, porque as pessoas sabiam como eu funciono.

    Não tenho idéia se isto acontece hoje em algum clube. Mas posso te garantir que uma das coisas que me motivou a trabalhar pelo clube e mudar paradigmas foi ver empresários viajando com a equipe e frequentando nosso "ônibus".

    Obrigado por acompanhar o site do INTER 2000.

    Fernando Miranda

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