- Usaríamos o calendário quadrienal para criar um laboratório com as ligas regionais;
- Como o rebaixamento era de 4 clubes e apenas 2 clubes subiam da 2ª divisão, em 3 anos chegaríamos a 20 clubes na primeira divisão;
- Aí poderíamos estudar a extinção das ligas regionais e criaríamos a liga nacional com o campeonato brasileiro de pontos corridos;
Em 2002 fui eleito Presidente da liga Sul Minas e isto foi motivo de orgulho, uma vez que considerava um reconhecimento, especialmente pela postura que o Internacional havia adotado nos dois anos que dirigimos o clube.
Executei exatamente o que combinei. Como faço sempre.
No final do ano a Rede Globo e a CBF resolveram "mudar tudo". As ligas regionais seriam extintas e o campeonato brasileiro passaria a ser disputado no regime de pontos corridos, mesmo com 24 clubes.
Pelo Clube dos 13 passaria o mesmo valor do ano anterior no contrato de televisionamento, acrescido de parte dos valores que eram pagos às Ligas Regionais. Claro que se alguma comissão era paga em função da receita do Clube dos 13, esta cresceria...
Os clubes me orientaram a brigar pelos contratos de televisionamento. Foi o que fiz. A meio caminho, o Internacional "roeu a corda". Claro que isto não me surpreendeu.
Naquele momento, o Clube dos 13, liderado por Fábio Koff, estava alinhadíssimo com a Rede Globo e com a CBF.
Hoje assisto alguns discursos patéticos, falando da importância da unidade dos clubes.
Porém, naquele momento, me parece que os interesses eram outros...
Acabei me afastando do futebol, mas de cabeça erguida e com a certeza de ter feito exatamente o que combinara. Isto... NÃO TEM PREÇO.
Quando vejo as posturas de alguns dirigentes, hoje, não posso deixar de admirar a posição do Alexandre Kalil, do Atlético-MG. Ele continua dizendo exatamente as mesmas coisas. Alguns "viraram casaca" e estão ao seu lado. Mas ele continua sendo coerente e defendendo os interesses de seu clube.
Fernando Miranda
Deve ser por isso que o Atlético-MG é um clube multi-campeão...
ResponderExcluirSr. Anônimo:
ResponderExcluirTalvez o que falte para o Atletico seja exatamente o que seu referencial imagina:
Alguém que não tenha palavra ou caráter... aí estará TUDO resolvido.
Obrigado por acompanhar nosso site e parabéns pela sua lógica.
Fernando Miranda
Talvez o Sr. Anonimo sinta falta de "cartolas" como, por exemplo, o Dr. Eurico (ex-vasco), para os quais o importante é vencer, não importa a que custo. Honestidade, palavra, caráter, etc, é somente para os bobos. Legal é virada de mesa, trairagem... Miranda, é muito bom saber que na história do inter há homens de valor e princípios como vc. Abraço. Paulo.
ResponderExcluirEsse rompimento do C13 com a Liga dos Clubes em 2002 foi algo realmente patético. Me lembro da expectativa que tinha naquela época, então com 17 anos, em ver o futebol brasileiro finalmente crescer.
ResponderExcluirHoje, para tentar fazer algo parecido, a única solução que consegue ser pensada é o loteamento dos uniformes entre duzentas empresas, como se este fosse um caminho natural, e não algo completamente absurdo.
Por isso que, apesar de o C13 ter sido traído agora em 2011, não dá para se dizer que não provou do próprio veneno.
Prezado Presidente,
ResponderExcluirem nosso País, já restou semeada e sedimentada a posição de "não se ter posição definitiva". Nada que alguns MILHARES de "dinheiros" não resolvam.
por isso jamais o questionei ADMINISTRATIVAMENTE. Repito que, na qualidade de torcedor, sofri muito, mas sempre entendi a guinada que o Inter vinha promovendo. Um giro de 180º não é feito sem que alguns PRATTOS (hehe) se quebrem, mas foi fundamental.
em relação ao isolamento do Koff, creio que também se aplica a máxima do "colher o que se plantou".
quem se alia a gente sem palavra, desapalavreado estará no momento mais importante.
grande abraço
Toni Kunzler Cheiran