domingo, 29 de dezembro de 2013

Renovação texto sobre Comissão do Conselho Deliberativo

Resolvi repetir a publicação que havia feito em maio/2011, para que as pessoas entendam o contexto em que as coisas aconteciam no clube e a razão pela qual me abstive de votar na última reunião do Conselho Deliberativo sobre assunto daquela época, sem que houvesse maior aprofundamento.
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Tenho falado diversas vezes no ano de 1999 e no desgaste que sofria. Com esta postagem, espero que algumas pessoas entendam um pouco mais a respeito de minhas motivações e minha indignação.

Foi criada uma Comissão do Conselho Deliberativo, da qual fiz parte para analisar algumas dúvidas existentes em relação ao ano de 1998.
Durante diversas semanas eu ia para o clube no final da tarde buscar informações.
Como a citada Comissão era integrada por representantes da situação e da oposição, foi preciso negociar o relatório que apresentaríamos para o Conselho Deliberativo.

Lembro que o assunto que gerou a maior polêmica (dentro da Comissão) eram os pagamentos não contabilizados. Alguns não queriam de forma alguma falar nisto...

Tive uma luz e sugeri a denominação "pagamentos ainda não contabilizados" que acabou colando... como se algum dia estes pagamentos pudessem ser contabilizados.

Todos os conselheiros que compareceram à reunião, tomaram conhecimento deste relatório. Eu não tinha nenhuma razão ou obrigação profissional para me insurgir. O que me movia era apenas a certeza de que o clube deveria mudar.

O relatório que transcrevo abaixo foi o que consegui.
Mas acredito que é suficiente para que se tenha uma idéia de como as coisas eram conduzidas naquela época e a razão da minha mobilização na tentativa de mudar o clube que acabou me valendo a imagem de "radical".

Mais tarde acabou sendo feita uma auditoria, da qual também tenho cópia e que, com muito maior competência, expressava a situação vigente.

Eu, particularmente, ficava bastante chateado, quando confundiam minha indignação com uma posição política. Mesmo sem ter nenhuma formação contábil, gostaria de ver meu clube recebendo um tratamento bem diferente.

Abaixo o relatório que foi apresentado ao Conselho Deliberativo.









Fernando Miranda

segunda-feira, 11 de março de 2013

Conchavo?

Na última eleição para o Conselho Deliberativo chamei atenção para o quanto os interesses pareciam "convergir" enre as forças políticas do clube.

O acerto feito para a mesa do Conselho Deliberativo e para o Conselho Fiscal, se não pode ser analisado apenas sob o prisma dos nomes, também não deve ser rotulado imediatamente como um "conchavo".

Não tenho idéia das bases que foram "negociadas". Será que foram apenas "cargos" negociados?


Gosto muito do Presidente do Conselho Fiscal, mas este será minoria. A maioria será da "situação divergente".
Além disto, ao longo de muitos anos, a oposição teve o Conselho Fiscal muitas vezes. E as pessoas "se bandeavam". Tenho certeza que a espinha do Eduardo Knijnik não permitirá isto. Ele terá força para enfrentar a maioria?

Mas tenho muita curiosidade de saber como foram "negociados" 3 pontos fundamentais que dizem respeito aos últimos meses. A análise do andamento destes pontos dirá se houve ou não o "conchavo" no péssimo sentido da palavra. São eles:

1 -Alteração do Estatuto permitindo permanente re-eleição do Presidente do Clube:

Levantamos este assunto durante a última eleição e percebemos um enorme CONSTRANGIMENTO!
Ninguém respondia...
"Esqueceram" de colocar a cláusula na reforma do estatuto, sem que tivesse sido discutida.
Parece que combinaram corrigir, mas já passaram alguns anos e o "esquecimento" se perpetua.
Vão querer colocar isto no mesmo saco de uma reforma estatutária?
Será que é para esconder o responsável por esta barbaridade?
Quem será que "esqueceu"?

2- Manifestações do conselheiro Roberto Siegmann

O conselheiro acima citado fez gravíssimas acusações (seriam insinuações?).
Mostrou-se disposto a fazer depoimento em diversas entrevistas.
O conselheiro Tiago Issa pediu que o Conselho Deliberativo e o Conselho de Ética (?) aprofundasse o assunto.
Ele receberá resposta? A inestigação será feita?

3- Contrato com a Globo

No final do ano passado o Presidente do Clube assinou um contrato de televisionamento que extrapola a procuração dada pelo Conselho Deliberativo e o Estatuto do Clube.
O Presidente do Conselho Deliberativo não fez nada.
Este assunto foi tratado quando se falou no orçamento mas "decidiu-se" que não cabia ao Conselho se manifestar. Só APRECIAR. Então o Conselho APRECIOU  esta pérola.
Mas o assunto voltará à discussão na aprovação das contas. Talvez na primeira reunião dirigida pela nova mesa do Conselho Deliberativo.
Será que será empurrado "goela abaixo" dos conselheiros? Foi tratado este ponto na composição da mesa do CD?

Peço o especial favor de que não digam  que quem o parecer a respeito deste assunto será elaborado pelo Conselho Fiscal anterior. Sei disto e não muda nada do que afirmei acima.

Talvez existam inúmeros outros pontos que devam ter sido negociados com a situação situação e com a situação divergente, mas não acredito que os pontos acima possam não ter sido abordados.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A volta às reuniões do Conselho Deliberativo

No final de 2012 resolvi comparecer na última reunião do Conselho Deliberativo.

Fiz isto motivado pelos mais de 1.000 votos depositados na "Chapa 6" que pregava a independência do conselheiro e teve meu comprometimento.

Estava curioso sobre como me sentiria num ambiente que frequentei com MUITA assiduidade durante boa parte da minha vida. E mais. Em cada reunião, estava jogando uma "final de Copa do Mundo".

Durante os últimos anos procurei abrir espaço para que outras lideranças se posicionassem na defesa dos valores que defendi ao longo daqueles anos. E, como não sei participar <pela metade> busquei mais espaço para minha vida pessoal e profissional.

Inconformado com o caminho que as coisas estavam tomando, estive ombreado com a "Chapa 6".

Não há como negar que foi um "turbilhão de sentimentos".
Em alguns momentos pensei em como muitas coisas continuam iguais...
Mas na maior parte das vezes fiquei feliz por ter participado, por ver algumas posturas extremamente adequadas.

Abaixo alguns tópicos sobre a reunião, que teve acompanhamento da imprensa e não houve segredo sobre os assuntos tratados:


  • Os conselheiros fiscais Eduardo Knijnik e Filipe Gonçalves deram uma enorme demonstração de INDEPENDÊNCIA, quando apresentaram uma carta explicando porque não assinaram o parecer do Conselho Fiscal sobre a "suplementação orçamentária";
    • O Presidente do Conselho Fiscal disse que isto abre um "precedente";
    • Fiz questão de concordar com ele  e afirmar que trata-se de um precedente benéfico para o Clube e para o Conselho Deliberaivo, pois desta forma os conselheiros possuem mais elementos para se posicionar;
  • A presença e manifestação do ex-presidente José Asmuz já foi motivo de eu ter certeza que valeu a pena ter ido à reunião;
    • Nunca escondi o carinho pessoal que tenho pelo Asmuz. Institucionalmente, independente de posições adotadas, ele foi o único ex-presidente que nos momentos mais difíceis de minha gestão estava sempre presente buscando uma forma de tentar ajudar;
    • No momento que se discutiu a assinatura do contrato com a Globo, que foi assinado por um prazo superior ao permitido pelo estatuto do clube (!!!) ele lembrou que a restrição do prazo foi colocada no estatuto por um contrato feito há mais de 30 anos e que o clube tem dificuldade até hoje;
  • Sobre o tal contrato com a Globo, alguns comentários:
    • Acaba-se discutindo a "FALSA POLÊMICA" se LUVAS são adiantamento ou não;
      • Me parece evidente que o valor de um contrato é formado pelos valores pagos antes (LUVAS) somados aos valores pagos no período de competência;
      • Desta forma, quanto menor o valor das LUVAS, maior será o valor pago nos período de competência. É só uma questão de negociação;
      • Mas desconheço vedação à antecipação de receita. É apenas uma questão de postura...
  • MAS o assunto NÃO É ESTE! O assunto é a procuração que o Clube dá ao Presidente para gerir o clube e as limitações de prazo que impõe para os contratos assinados durante a gestão.
    • Se EXPRESSAMENTE não pode, como foi feito?
    • O Presidente do Conselho Deliberativo não deveria defender o direito do Conselho neste caso?
  • Quanto à suplementação orçamentária é engraçadíssimo!!!
    • Na mesma reunião APROVOU-SE o orçamento para 2013;
    • E apreciou-se a suplementação para 2012!!! Sem necessidade de aprová-la (segundo a maioria dos conselheiros PRESENTES)
    • Isto sim é um precedente!!! Agora que o orçamento foi aprovado, é só fazer uma suplementação que esta não pode ser rejeitada. Só "APRECIADA!!!"
  • Minha opinião é que no geral a reunião foi boa no sentido de buscarmos uma mudança gradual de postura. Independente de algumas figuras pretenderem chamar de "política" a exigência de cumprimento do Estatuto do Clube.
  • Aproveito para elogiar novamente a postura dos conselheiro e Eduardo e Filipe e afirmar que não terei dificuldade nenhuma de fazer este tipo de elogio sempre que perceber a intransigente de fesa do interesse do Clube e cumprimento do Estatuto.