domingo, 6 de janeiro de 2013

A volta às reuniões do Conselho Deliberativo

No final de 2012 resolvi comparecer na última reunião do Conselho Deliberativo.

Fiz isto motivado pelos mais de 1.000 votos depositados na "Chapa 6" que pregava a independência do conselheiro e teve meu comprometimento.

Estava curioso sobre como me sentiria num ambiente que frequentei com MUITA assiduidade durante boa parte da minha vida. E mais. Em cada reunião, estava jogando uma "final de Copa do Mundo".

Durante os últimos anos procurei abrir espaço para que outras lideranças se posicionassem na defesa dos valores que defendi ao longo daqueles anos. E, como não sei participar <pela metade> busquei mais espaço para minha vida pessoal e profissional.

Inconformado com o caminho que as coisas estavam tomando, estive ombreado com a "Chapa 6".

Não há como negar que foi um "turbilhão de sentimentos".
Em alguns momentos pensei em como muitas coisas continuam iguais...
Mas na maior parte das vezes fiquei feliz por ter participado, por ver algumas posturas extremamente adequadas.

Abaixo alguns tópicos sobre a reunião, que teve acompanhamento da imprensa e não houve segredo sobre os assuntos tratados:


  • Os conselheiros fiscais Eduardo Knijnik e Filipe Gonçalves deram uma enorme demonstração de INDEPENDÊNCIA, quando apresentaram uma carta explicando porque não assinaram o parecer do Conselho Fiscal sobre a "suplementação orçamentária";
    • O Presidente do Conselho Fiscal disse que isto abre um "precedente";
    • Fiz questão de concordar com ele  e afirmar que trata-se de um precedente benéfico para o Clube e para o Conselho Deliberaivo, pois desta forma os conselheiros possuem mais elementos para se posicionar;
  • A presença e manifestação do ex-presidente José Asmuz já foi motivo de eu ter certeza que valeu a pena ter ido à reunião;
    • Nunca escondi o carinho pessoal que tenho pelo Asmuz. Institucionalmente, independente de posições adotadas, ele foi o único ex-presidente que nos momentos mais difíceis de minha gestão estava sempre presente buscando uma forma de tentar ajudar;
    • No momento que se discutiu a assinatura do contrato com a Globo, que foi assinado por um prazo superior ao permitido pelo estatuto do clube (!!!) ele lembrou que a restrição do prazo foi colocada no estatuto por um contrato feito há mais de 30 anos e que o clube tem dificuldade até hoje;
  • Sobre o tal contrato com a Globo, alguns comentários:
    • Acaba-se discutindo a "FALSA POLÊMICA" se LUVAS são adiantamento ou não;
      • Me parece evidente que o valor de um contrato é formado pelos valores pagos antes (LUVAS) somados aos valores pagos no período de competência;
      • Desta forma, quanto menor o valor das LUVAS, maior será o valor pago nos período de competência. É só uma questão de negociação;
      • Mas desconheço vedação à antecipação de receita. É apenas uma questão de postura...
  • MAS o assunto NÃO É ESTE! O assunto é a procuração que o Clube dá ao Presidente para gerir o clube e as limitações de prazo que impõe para os contratos assinados durante a gestão.
    • Se EXPRESSAMENTE não pode, como foi feito?
    • O Presidente do Conselho Deliberativo não deveria defender o direito do Conselho neste caso?
  • Quanto à suplementação orçamentária é engraçadíssimo!!!
    • Na mesma reunião APROVOU-SE o orçamento para 2013;
    • E apreciou-se a suplementação para 2012!!! Sem necessidade de aprová-la (segundo a maioria dos conselheiros PRESENTES)
    • Isto sim é um precedente!!! Agora que o orçamento foi aprovado, é só fazer uma suplementação que esta não pode ser rejeitada. Só "APRECIADA!!!"
  • Minha opinião é que no geral a reunião foi boa no sentido de buscarmos uma mudança gradual de postura. Independente de algumas figuras pretenderem chamar de "política" a exigência de cumprimento do Estatuto do Clube.
  • Aproveito para elogiar novamente a postura dos conselheiro e Eduardo e Filipe e afirmar que não terei dificuldade nenhuma de fazer este tipo de elogio sempre que perceber a intransigente de fesa do interesse do Clube e cumprimento do Estatuto.

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Fernando Miranda