quarta-feira, 11 de maio de 2011

X9

Em alguns momentos o futebol é muito divertido.

Muitas vezes fiz reuniões que eram para ser "sigilosas", apenas com pessoas que imaginava poder confiar, e  imediatamente a imprensa noticiava o seu teor.

A motivação para isto, geralmente, é uma "troca de favores" entre "assessores" e algum jornalista que, para exercer seu trabalho, depende da notícia. E precisa apenas fazer um pequeno elogio para este tipo de assessor e continuar recebendo informação.
Normalmente estes assessores apenas circulam em torno do poder, em busca de visibilidade, e não acrescentam nada. São os conhecidos por ASPONEs - ASSESSORES DE PORCARIA NENHUMA.

Mas as informações também vazam de outras formas...

Em certa ocasião a realização de uma reunião foi noticiada pela imprensa e apenas 3 pessoas (em quem confiava cegamente) sabiam de sua realização. Além de minha família (ela aconteceu na minha casa) e o motorista do clube que me deixara em casa.
No dia seguinte fui procurado pelo motorista, que estava muito chateado, e  disse acreditar que a reunião fora noticiada por "culpa" dele. Outro funcionário do clube havia telefonado e perguntado onde ele estava. Ele respondeu que estava indo para casa pois eu o dispensara pois teria uma reunião na minha casa.

A meu pedido, ele telefonou para o funcionário, na minha presença, e contou que eu estava contratando o zagueiro Antonio Carlos, e que estava almoçando em determinado restaurante (onde realmente iriaa almoçar com um amigo) para vender o Rockembach com os representantes de um clube espanhol.

Em poucos minutos ouvimos a notícia do Antonio Carlos no rádio. E, durante o almoço, o mesmo repórter "casualmente" foi almoçar no mesmo restaurante que eu estava...

Algumas vezes é divertido.

Fernando Miranda

4 comentários:

  1. Que loucura hien Miranda. Onde tem muita grana como no futebol sempre tem cobra, fico apavorado.

    Já ouvi comentários dos jornalistas que ganham uma grana pra plantar notícia. Esses tempo o Renato carioca estava ameaçando entregar jornalistas ... que será hein ?!!

    Enfim, pra terminar duas coisas: Se quiser te ensino a fazer um simbolo do Inter de pauzinhos bem melhor que aquele das anotações.. heheheh ... e outra: parabéns pela negociação. Não sei se tu é santo, não te conheço, mas se tu realmente é honesto como parece ... meus parabéns pela negociação do Fábio, parabens por entregar as informações contábeis que os cobras te pediram e parabens pelo blog que eu ja parabenizei

    até a próxima , abraço

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  2. Miranda, mais uma bela postagem.
    É impressionante como tem dirigente e pessoas ligadas à administração do clube que sentem necessidade de aparecer. Uns pagam churrasco para os membros da imprensa para que “falem bem” deles. Outros, como o exemplo que citaste, viram "fonte" de informação de assuntos sigilosos e, por vezes, pagam mico como o relatado no post. Tem até vice de futebol profanando a memória do falecido pai do árbitro por ter sido conselheiro do clube rival... A única coisa que importa é suprir a ânsia de ser protagonista, quando quem deveria ser está dentro do campo. Enquanto isso, o clube que se dane. Abraço, Fabiano.

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  3. Celso:

    Estou bem longe de ser anjo.
    E não acho que honestidade leve alguém à condição de anjo.
    E não acredito que honestidade seja algo além de obrigação, por isto não deveria ser suficiente para qualificar alguém.

    Abraço e obrigado por acompanhar o site do Inter 2000

    Fernando Miranda

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  4. Fabiano:

    Obrigado por acompanhar o site do Inter 2000.
    Teu comentário me oferece a oportunidade de afirmar que entendo o papel da imprensa. Onde tem muita gente boa e honesta. Eles precisam da notícia e fazem seu trabalho. Cabe ao dirigente ter vergonha na cara e colocar o interesse da instituição na frente de todo o resto.

    Convivi com muita gente boa na imprensa, com quem divergi em muitos momentos, mas que nunca me pediram nenhum tipo de favor ou benefício.
    E que quando me criticaram, eu tinha certeza que o faziam por imaginar que eu estava errado. E, certamente, em algumas situações, tinham razão.

    Abraço,

    Fernando Miranda

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