P3 – 11/2/2011
O Dr. Jarbas é uma daquelas pessoas com quem cruzei durante a vida e fizeram ter mais certeza da importância dos valores de retidão que aprendi com meu pai.
Desempenhou papel fundamental ao aceitar concorrer à presidência. Isto só ocorreu porque eu insisti muito uma vez que ele trabalhava para me eleger e queria que eu concorresse. Sobre o episódio do lançamento de sua candidatura falarei em outra (s) oportunidades pois há passagens memoráveis, especialmente a do regisro da nossa chapa.
A sua postura corretaíssima e de "magistrado" como pediam alguns luminares integrantes da (então) situação (muitos disfarçados de oposição) foram fundamentais para que o clube avançasse e começasse um processo histórico de mudança que, em minha opinião, foram de grande importância para a instituição.
Acredito que sem a contribuição do Dr. Jarbas, jamais teríamos a oportunidade de iniciar o processo que iniciamos em 2000/2001 de resgate da credibilidade, da capacidade de investimento e da identidade do clube.
Sua saída, por razão de saúde, antes do final de 2000 deu margem à muitas versões. Entre elas a de que havíamos (eu e ele) "brigado". Nunca esqueci a frustração de alguns defensores desta tese, alguns anos mais tarde, quando compareceu à votação de uma eleição para presidência do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal, declarando para quem quisesse ouvir que lá estava porque eu havia pedido e que gostaria que acabassem com este boato que havíamos "brigado".
Sou muito agradecido ao Dr. Jarbas Lima. Na minha visão o Internacional também deveria ser.
Quando se fala do episódio da "fotografia do Miranda" na galeria de ex-presidentes, sempre digo que uma das condições para que isto aconteça é a presença da foto de todos os presidentes que me antecederam. E, até onde sei, falta a do Dr. Jarbas.
Apesar do curto tempo de convivência, aprendi muito com o Dr. Jarbas.
Escolhi um fax que enviei para ele em 27/junho/2000.
Éramos criticados por todos os lados. Muitas vezes de forma desrespeitosa. Mas mantínhamos sempre a linha que tínhamos combinado e era a única permitida por nossos princípios.
Na véspera, tivemos uma reunião do Conselho Deliberativo e um conselheiro (evitei de mostrar o nome para evitar polêmicas desnecessárias, e porquê REALMENTE é irrelevante) pediu a palavra e disse que nossa diretoria falava muito em ética e moral, mas no futebol a gente precisava "flexibilizar" este conceito. Naquele momento tive mais certeza da correção do caminho que estávamos trilhando.
Fernando Miranda
Há um sentimento por parte do senso comum de que o Sr. colocou o Jarbas Lima e, com sua renúncia, automaticamente assumiu a presidência. Conte-nos como foi a eleição e o período como interino.
ResponderExcluir"Não se faz revolução com água de rosas" (Marat).
Jarbas Lima mostrando o cofre vazio. Um os piores momentos da história do clube.Anos 2000 e 2001, anos sem títulos, anos para esquecermos.
ResponderExcluirAcredito que o fato de eu assinar e me responsabilizar sobre o que escrevo, me autoriza a pedir que as pessoas se identifiquem ao postar comentários.
ResponderExcluirDe qualquer forma, posso assegurar, para re-estabelecer a verdade histórica:
1. Após o afastamento do Dr. Jarbas, participei de nova eleição com o Emídio Perondi e fui eleito de acordo com o Estatuto do Clube;
2. O clube teve muitos momentos ruins. A situação na qual recebemos o clube foi bem pior do que o gesto que foi feito num contexto que dava a entender que "estava tudo bem". Não estava. Falarei sobre isto mais adiante.
Fernando Miranda